A internet é o Diabo de rabo e tudo

Sexta-feira passada, num consultório médico aqui em Recife, tive o prazer de discutir com outras colegas de profissão, alguns assuntos, entre eles, a assembléia dos professores ocorrida no dia anterior. Entretanto, após horas de espera, não foi a questão salarial dos professores da rede pública estadual que mais me chamou a atenção, mas sim a fala de uma determinada professora. “Antigamente eu achava que o diabo era a televisão, hoje descobri que ainda há um cão muito maior: a internet. Essa sim, é o Diabo de cabeça pra baixo, está acabando com o mundo!”. A referida professora tinha por volta de uns 55 anos e mais de 20 anos de sala de aula. Claro que, essa fala causaria transtornos em qualquer ser humano que se concebe como uma pessoa conectada. Por exemplo, minha genitora que passa dos 60 e diz em alto e bom som que adora a internet, pois consegue ler os assuntos de seu interesse com a maior facilidade. Isso não quer dizer que tenha total domínio da web, não tem, mas reconhece a sua importância. Bem, voltando à professora, fiquei a refletir: que formação seria necessária para que essa professora entendesse que o uso das NTIC´s tem muito a contribuir em sua sala de aula? Minha resposta é: NENHUMA. Ao ler o blog da Professora Ana Beatriz,em que ela fala dos estudos feitos pelo Professor Jacques Wallet, da Universidade de Rouen, fiz a ligação com a fala da professora sobre a intenet. Segundo Ana, Wallet trabalhou em seus estudos com três paradigmas, vou refletir apenas sobre o terceiro que é a diferença entre as gerações.  Essa diferença entre as gerações me faz compreender a fala da professora que associa a internet ao Capeta. Portanto, acho que professoras como essa, que não conseguem perceber nada de positivo na Web 2.0, deve ser compreendida a partir do paradigma da geração, a questão é a seguinte: podemos ter compreensão sim com esse profissional, porém o que fazer com os meninos e meninas que são seus alunos e poderiam ser melhor  orientados quanto ao uso das NTIC´s se o professor fosse capaz de norteá-los. Ou ainda, seus conhecimentos poderiam ser ampliados caso as novas tecnologias estivessem presentes no planejamento didático do professor. Então o que fazemos?