Em conversa com uma amiga de trabalho surgiu o seguinte comentário: hoje a situação da educação está crítica, pois os meninos com o hábito do computador não leem mais. Só fazem copiar e colar. Não prestam atenção ao que estão copiando, por isso a educação está piorando.
Os dados Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) mostram que o desempenho de muitos países (ex: Holanda, França) permaneceram inalterados ou pioraram. Alguns conseguiram melhorar seus índices. Mesmo o Brasil tendo melhorado, ainda somos o 54° dos 65 países submetidos à avaliação. Um péssimo índice! Bem, de acordo com o especialista em educação e ex-representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil Jorge Werthein, todos os países estão passando por situações complicadas em relação à educação. Agora, chegamos onde queremos, conforme Werthein, “os jovens de 15 anos não estão conseguindo ser atraídos pela leitura e a escola está lutando incessantemente contra isso”. O relatório do Pisa mostra que, em média, 41% dos alunos dos países da OCDE leem somente se for necessário. Um terço afirma que ler é um dos hobbies favoritos e quase um quarto diz que a atividade é “perda de tempo”. Conforme o relatório, os estudantes tem maior preferência por leituras que estão na web, ou seja, por hipertextos. Então a questão não é que os estudantes não gostam de ler. Esses dados mostram que os estudantes estão deixando bem claro suas preferências: as leituras no ciberespaço. A questão é: onde nós professores nos enquadramos nessa questão? Qual a relação entre a nossa prática pedagógica e os alertas que o relatório do Pisa nos trazem? Está lançada a provocação.
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